Não digam que isso passa,
não digam que a vida continua,
e que o tempo ajuda,
que afinal tenho filhos e amigos
e um trabalho a fazer.
Não me digam que tenho livros a escrever
e viagens a realizar.
Não digam nada.
Mas não me consolem: da minha dor, sei eu.
(Lya Luft)
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